de Gianluigi BacchettaA reserva natural do Monte Arcosu é localizada na parte norte-oriental dos Montes de Sulcis. Grande parte da área é servida pela bacia hidrográfica do Rio Santa Lucia.
Para ter acesso a reserva è necessário chegar até a igrejinha de Santa Lucia e
entrar na estrada provincial para Santadi (SP 12), depois de 500 metros entrar a direita e
seguir a estrada de chão. A esquerda do motorista está a hidrografia do Rio Guttureddu,
em 10 minutos estará a entrada da reserva em localidade de Sa Canna. O ingresso prevê o
pagamento de um bilhete e è consentido todas as quintas-feiras e os domingos, excluso o
período de acasalamento do corvo sardo (normalmente do dia 15.08 ao 30.09) e è possível
reservar nas estruturas locais de Perdu Melis uma visita com guias.
Em geral, a paisagem aparece muito áspera e atormentada, dominam as formações graníticas e metamórficas que dão ao lugar uma morfologia particular e uma estrutura geológica, espesso única. Seguem vales estreitos e muito fechados, paredes rochosas e picos como os do Monte Lattias, de Su Scavoni e de Sa Sperrimas. A estrutura hidrográfica é muito desenvolvida, mas o procedimento e o curso d'àgua è decisamente do tipo torrente. Os principais rios nascem no Monte Lattias no Monte Arcosu, mencionamos também o Guttureddu e o seu principal afluente o Rio Sa Canna.
Quanto as nascentes, a mais interessante e
sugestiva é sem dúvida a de Su Suergiu, à água brota de um esplêndido tronco de
junípero (Juniperus communis). Entre as espécies mais representativas, mencionamos a buglossa (Anchusa formosa Selvi, Bigazzi & Bacchetta), helicriso do Monte Linas (Helichrysum montelinasanum E. Schmid) e o "alfinete" de Sulcis (Armeria sulcitana Arrigoni), são espécies exclusivas do Sulcis-Iglesiente e presentes nas regiões mais altas do Monte Lattias e se desenvolvem em direção ao norte. Entre as numerosas orquídeas (20 espécies) merita recordar a raríssima ofride de Woodii (Ophrys x maremmae O. et E. Danesh nssp. Woodii Corrias) e o viticcino estivo (Spiranthes aestivalis (Lam.) L.C. Rich.), orquídea desabrocha no verão e seu habitat é lungo o Rio Guttureddu, Su Cuguzzulu e s'Axina. O jaro sardo-corso (Arum pictum L. fil.) possuem um esplêndido desabrochar. Muito comum na mata de lentisco, a erva de Santa Barbara sarda (Barbarea rupicola Moris), a saxífraga de Corsega (Saxifraga corsica (Duby) G. et G.), giesta de Corsega (Genista corsica (Loisel.) DC. In Lam. Et DC.), se desenvolvem exclusivamente nos picos e nas zonas rochosas em geral; o lírio da Sardenha (Pancratium illyricum L.) e a primavera (Bellium bellidioides L.) comuns entre as rochas dos torrentes e as regiões mais úmidas, outras espécies endêmica são o açafrão menor (Crocus minimus DC.) e o verbasco da Sardenha (Verbascum conocarpum Moris) que crescem com facilidade as margens das veredas e das sendas. As árvores mais raras e interessantes são seguramente o taxo (Taxus baccata L.), presente nas cavidades do Monte Lattias, o lódão (Celtis australis L.), no qual se conhecem os exemplares maiores no alto de Sa Canna e em Baccu Perdosu e a árvore de louro (Laurus nobilis L.) e é possível encontrá-lo somente numa parte de Sa Canna.
Quanto a vegetação, antes de tudo, temos que evidenciar a escassa incidência de incêndio na região, e assim o Parque de Sulcis, em geral, é uma das reservas de bosques mais intacta da Sardenha. Prevalece os bosques de azinheiro ( Quercus ilex L.), sobreiro ( Quercus suber L.), as matas, em particular erica (Erica arborea L., pequena árvore frutífera com flores vermelhas e folhas miúdas) e medronheiro (Arbutus unedo L.,arbusto sempre verde, frutos são vermelhos, doce e comestíveis). No subsolo, encontramos o viburno (Viburnum tinus L.), samambaias, como a Asplenium onopteris L., o polipódio meridional [ gênero de plantas parasitas (Polypodium cambrincum L. ssp. Serrulatum (Sch. Ex Arcang.)Pic. Ser] e Asplenium trichomanes L. ssp. Quadrivalens D.E. meyer), esplêndida florescência dos cíclames (Cyclamen repandum S. et S.) e numerosas espécies de cogumelos. Nas clareiras ou nas margens dos bosques mais frescos, se encontram freqüentemente cipós como a clematite Vitalba (nome de diversas trepadeiras da família das Ranunculáceas - Clematis vitalba L.) ou hédera (Hedera helix L.), conhecida como dedaleira vermelha (Digitalis purpurea L.) e espécies farmacêuticas como a erva-cavalinha maro (Teucrium marum L.) ou erva-gata [ Calamintha nepeta (l.) Savi ssp. Glandulosa (req.) P.W. Bell]. Nas regiões mais próximas aos torrentes, predominam as matas, tipo oleandro (arbusto ornamental, com flores perfumadas de várias cores, Nerium oleander L.), os bosques de salgueiro vermelho (Salix purpurea L.) e os bosques de amieiro [ Alnus Glutinosa (L.) Gaertner]. Este último na região de Is Frociddus e Perdu Melis, formando verdadeiros corredores de bosques, nos quais o mais freqüente são o salgueiro de Arrigoni (Salix arrigoni Brullo), osmunda regale [ Osmunda regalis (grande samambaia de ambiente úmido com grandes folhas composta de lobos longos.)] e erica tirrenica (Erica terminalis Salisb, pequena árvore frutífera com flores vermelhas e folhas miúdas).
Entre os frequentadores mais comuns
desta exuberante vegetação, encontramos o cervo sardo (Cervus elaphus L. ssp.
corsicanus Erx.) e o javali (Sus scrofa l. ssp. meridionalis F.M.); o mais
difícil é avistar os animais ariscos e de hábitos noturnos, como o gato selvagem (Felis
lybica Latast.), raposa [pequeno mamífero carnívoro, corpo longo e magro, com patas
curtas e o pêlo é muito apreciado no comércio de pele ( Martes martes L.], rato (Eliomys
quercinus L.). Os pássaros mais comuns são o vistoso e rumoroso tentilhão (Garrulus
glandarius - pássaro rumoroso de plumagem colorida) e o tordo (Turdus philomelos
Brehm.), ávido de frutas do medronheiro. Entre os pássaros predatores: astore
(Accipiter gentilis L.) e o gavião (Accipiter nisus L.) são os verdadeiros
dominadores dos bosques, invés, nos espaços abertos domina a águia real (Aquila
chrysaetos L.), poiana (Buteo buteo L., ave de rapina), falção pelegrino (Falcus
peregrinus Tunst.) e o tataranhão (Falcus tinnunculus L., pássaro de
média grandeza, plumagem cinza e negra). As presas mais apreciadas são os pombos
forcazes (Columba palumbus L.), as perdizes (Alectoris barbara Bonn.),
coelhos selvagens (Oryctogalus cuniculus L.) e répteis como a cobra maior (Coluber
viridiflavus Lac.), a "natrice del Cetti" [Natrix natrix L. ssp. cettii
Gené( réptil não venenoso, corpo longo coberto de grandes escamas lúcidas de cor
verde-cinza)], lagartixa campestre (Lacerta sicula Raf.), e a lagartixa sarda (Lacerta
tiliguerta Gm.).
Entre os itinerários e as regiões mais sugestivas, existe um único problema: a dificuldade na escolha. Parando na cidade de Sa Canna é possível percorrer o percurso natural de breve duração ou subir o canal de Sa Canna longo a vereda de Sa Rocca Lada, ambos os percursos iniciam e terminam no mesmo lugar. Mas para quem prefere chegar de carro até a floresta, existe numerosas alternativas, com itinerários que partam até o pico do Monte Arcosu ou no cume do Monte Lattias. Tradução feita por: Gislaine de Lourdes Lino |
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